sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Maçonaria


  O que é Maçonaria:


Maçonaria é uma sociedade discreta, onde suas ações são reservadas e interessa apenas àqueles que dela participam. A maçonaria é uma sociedade universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia,igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual.
A maçonaria admite todo homem é livre e possui bons costumes, não fazem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e de buscar sempre a perfeição.
Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou lojas, todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si.  Existem, no mundo, aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 milhões nos Estados Unidos, 1,2 milhões no Reino Unido e 1,0 no resto do mundo. No Brasil existem aproximadamente 150 mil maçons e 4.700 lojas.
O termo maçonaria é de origem francesa, e significa construção. O termo maçom portanto é um aportuguesamento do francês; maçonaria por extensão significa associação de pedreiros.
Para ser membro da maçonaria não basta a autoproclamação, é necessário um convite formal e é obrigatório que o indivíduo seja iniciado por outros maçons, e para se manter  tem que cumpra com os seus juramentos e obrigações, sejam elas esotéricas ou simbólicas, e que esteja integrado em uma loja.
Para algumas pessoas, a maçonaria está relacionada com o satanismo ou outros grupos misteriosos como os illuminati. Apesar disso, essa relação não é clara, não havendo provas concretas que comprovem essa associação.

 Origem da Maçonaria


Os primórdios da Maçonaria são obscuros, bem como parte de sua história. Segundo a opinião quase unânime dos historiadores sérios que a estudaram , sua origem é a mais verdadeira e verossímil: ela descende de antigas corporações de mestres-pedreiros construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas na idade média.
O vocábulo Maçonaria ( em francês Maçonierie) é derivado do francês maçon, pedreiro. Qual a relação entre o pedreiro e o Maçon atual?
A Maçonarias apresenta duas fases: a primeira, operativa, e a segunda especulativa. Na primeira, os seus componentes operavam materialmente, eram trabalhadores especializados. A segunda fase é denominada especulativa, de vez que os seus adeptos são homens de pensamento.
Desde a antiguidade, os construtores que detinham conhecimentos especiais, constituíam uma espécie de aristocracia, em meio das demais profissões. Formavam como que colégios sacerdotais. Na idade Média, os construtores de catedrais e palácios eram beneficiados, por parte das autoridades eclesiásticas e seculares com inúmeros privilégios tais como: franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí a denominação francesa de franc-maçon traduzida como pedreiro-livre. A arquitetura constituía então, a Arte Real, cujos segredos eram transmitidos somente àqueles que se mostrassem dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como que um Ideal, a construção de uma obra suprema, mediante um trabalho constante. Seria o Templo Ideal.
Os pensadores e alquimistas da época, combatidos pelos espíritos menos esclarecidos, perseguidos, buscavam refúgio entre os pedreiros livres, capazes de protegê-los pelos privilégios que tinham. Eram alguns aceitos. Daí a denominação der Maçons Aceitos em contraposição a Maçons Antigos, os construtores.
Claro que nem todos podiam ser aceitos. Faziam sindicâncias e apenas alguns eram admitidos, porém depois de submetidos a uma série de provas que constituíam a iniciação. Os iniciados juravam guardar segredo dos ritos e respeitar as regras.
No séc. XVI, aumentou consideravelmente o número de Maçons Aceitos, com predominância para os Rosa-Cruz ingleses, entre eles, Elias Ashmole, alquimista, que ingressara com um grupo de amigos, teólogos em 1646. A partir daí, por iniciativa dos novos membros, organizou-se uma sociedade, cujo objetivo era a construção do Templo de Salomão, templo ideal das ciências.
Elias Ashmole obteve permissão para que a sociedade realizasse suas reuniões no Templo Maçônico. De pouco em pouco, os elementos precedentes da Fraternidade Rosa Cruz (Instituição secreta que presumidamente dedicava-se ao estudo do esoterismo, alquimia, teosofia e outras ciências ocultas) passaram a preponderar na Maçonaria, introduzindo nela muito de seus símbolos. Alteraram os rituais, sobretudo a parte referente à iniciação.
Primitivamente havia na hierarquia maçônica apenas os graus de aprendiz e companheiro, pois que o Mestre era somente o encarregado da direção de uma construção.
Em 1964, foi criado o grau de Mestre por Elias Ashmole, formando assim a base definitiva das hierarquia maçônica. Posteriormente, a Maçonaria tomou grande impulso na Inglaterra quando operou-se grande transformação orientada por Jacques Anderson, presbítero londrino, diplomado em filosofia, e Desagulliers, de origem francesa, grão mestre inglês, eleito em 1719. A partir de então passou a Maçonaria a desenvolver tendências para instituição filantrópica.
Em 1723 foi aprovado o Livro das Constituições maçônicas, revisto por Jacques Anderson. Sendo chamado de Constituição de Anderson, tornou-se em pouco tempo a Carta da maior parte das lojas. Propagavam uma doutrina sobretudo humanitária, deísta espiritualista, aberta a todos os cristãos, qualquer que fosse a sua seita, e leal aos poderes públicos.
A Grande Loja de Maçonaria foi criada na Inglaterra em 1717, e unia as quatro lojas londrinas. O líder eleito era conhecido como Grão-Mestre. Aberta a todos as crenças religiosas, a Maçonaria se transformou em um receptáculo da filosofia das Luzes e depressa se estendeu a todo o Continente europeu.
No final do século XVIII já existiam 700 lojas em França, compostas por grande quantidade de nobres e membros da classe média e do clero, apesar dos Papas Clemente XIII e Bento XIV terem proibido a maçonaria em 1738 e 1751.
Esta origem, ligada aos construtores da era medieval explica o porque da simbologia maçônica estar toda ela relacionada ao tema construção. Seus símbolos mais conhecidos, até mesmo pelo observador mais desatento, são os instrumentos do pedreiro: o esquadro, o compasso, o prumo, a régua, o nível, etc.
Todo Maçom está imbuído no propósito da construção: construção do templo da virtude e da verdade, construção de si mesmo, de seu caráter e de sua personalidade. Construção de um mundo melhor.

Maçonaria no Brasil


Há um capítulo em branco na História do Brasil, e esse capítulo é o que se refere à Maçonaria, presente em todos os momentos decisivos e importantes de nossa pátria. Em torno da excepcional contribuição da Maçonaria para a formação de nossa nacionalidade, é inadmissível qualquer dúvida. De nenhum importante acontecimento histórico do Brasil, os maçons estiveram ausentes. Da maioria deles, foram os elementos da Maçonaria os promotores. Não há como honestamente negar que o Fico, A Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos, A Proclamação da República, os maiores eventos de nossa pátria foram fatos organizados dentro de suas lojas. Antes de tudo isso, já na Inconfidência Mineira, a Maçonaria empreendia luta renhida em favor da libertação de nossa pátria. Todos os conjurados, sem exceção, pertenciam à Maçonaria: Tiradentes, Thomas Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto, e até mesmo o Judas, o traidor Joaquim Silvério dos Reis, infelizmente também pertencia à ordem.
Há que se ressaltar também a grande contribuição de um maçom ilustre Francisco Antônio Lisboa, o Aleijadinho. Este grande gênio da humanidade. Maçom do grau 18, Aleijadinho, autor de obras sacras, fez questão de secretamente homenagear a Maçonaria em suas esculturas. Ao bom observador e conhecedor da maçonaria, não passará despercebido, ao conhecer a obra do grande mestre, detalhes, pequenos que sejam que lembram a instituição maçônica. Os três anjinhos formando um triangulo, o triangulo maçônico, tornaram-se sua marca registrada.
A própria bandeira do estado de Minas Gerais foi inspirada na Maçonaria: o triangulo no centro da bandeira mineira é o mesmo do delta luminoso, o Olho da Sabedoria.
A independência do Brasil foi proclamada em 22 de agosto de 1822, no Grande Oriente do Brasil. O grito de independência foi mera confirmação. Ninguém ignora também que o Brasil já estava praticamente desligado de Portugal, desde 9 de janeiro de 1822, o dia do Fico. E o Fico foi um grande empreendimento Maçônico, dirigido por José Joaquim da Rocha, que com um grupo de maçons patriotas, fundou o Clube da Resistência, o verdadeiro organizador dos episódios de que resultou a ficada.
A libertação dos escravos no Brasil foi, não há como negar, uma iniciativa de maçons, um empreendimento da Maçonaria. A Maçonaria, cumprindo sua elevada missão de lutar pela reivindicação dos direitos do homem, de batalhar pela liberdade, apanágio sagrado do Homem, empenhou-se sem desfalecimento, sem temor, indefesamente pela emancipação dos escravos.
Para confirmar estes fatos basta verificar a predominância extraordinária de maçons entre os líderes abolicionistas. Dentre muitos destacaram-se Visconde de Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros.
A proclamação da República, não há dúvidas de que também foi um notável empreendimento maçônico. O primeiro Ministério da República, sem exceção de um só ministro, foi constituído de maçons. Mera casualidade? Não. Ele foi organizado por Quintino Bocaiúva, que havia sido grão-mestre.
Assim foi e tem sido a atuação da Maçonaria com relação ao Brasil, sempre apoiando e lutando para a concretização dos ideais mais nobres da pátria, comprometendo-se em favor da liberdade e condenando as injustiças.

Origem operativa:


A origem da Maçonaria moderna está nas Corporações de Ofício – espécies de sindicatos, na Idade Média. Especificamente, a corporação de pedreiros.
A palavra “Maçonaria” em francês, “Maçonnerie”, é derivada do francês “maçon”, pedreiro. Ou, como preferem alguns, do inglês “Masonry” (Maçonaria) e “mason”, igualmente, pedreiro.
Pode-se inferir que, seus primeiros integrantes operavam, materialmente, em construções, obras – eram trabalhadores especializados, construtores de Templos, de Igrejas, pontes, moradias etc., os quais, desde a Antiguidade, detinham conhecimentos especiais e constituíam uma espécie de aristocracia do trabalho. Eram os profissionais mais qualificados da Europa, e mantinham as técnicas de seu ofício, em segredo.
Esta fase da Maçonaria é conhecida como “Operativa”, porque seus membros trabalhavam em construções – eram obreiros.
Na Idade Média havia dois tipos de pedreiros: o “rough mason”, pedreiro bruto que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma ou polimento, e o “free mason”, pedreiro livre, que detinha o segredo de como polir a pedra bruta.
A Ordem Maçônica, atualmente Maçonaria Especulativa, não inicia mulheres, pois tendo evoluído da Maçonaria Operativa, adotou a antiga regulamentação que previa o seguinte (por entender que, a mulher não é afeita ao trabalho árduo de pedreiro, ofício original dos primeiros integrantes.
As corporações de pedreiros eram constituídas, exclusivamente, por pessoas do sexo masculino: “As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios virtuosos, nascidos livres, de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral”.
Apesar da Constituição de Anderson (1723), que é o marco inicial da Maçonaria Especulativa, não permitir a admissão de mulheres, há algumas correntes maçônicas que admitem o fato como sendo um princípio antigo.
No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito, a esposa está presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimônias.
Nas tradições das sociedades iniciáticas antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural, podiam ser iniciados, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de conduta nobre.
Porém, na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da mulher na Maçonaria.
A Maçonaria, em 1730, na França criou o movimento da “Maçonaria de Adoção”.
A Maçonaria de Adoção foi um fenômeno da última metade do século XVII.
Uma Loja de Adoção era conduzida por uma Loja Maçônica regular que promovia sessões especiais, no curso das quais as mulheres eram admitidas em Loja e participavam de rituais quase maçônicos. Tais Lojas foram particularmente bem sucedidas na França, onde houve uma revitalização da Maçonaria de Adoção depois da Revolução e que continuou pelo século seguinte.
A própria imperatriz Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, era a Grã-Mestra da Loja de Adoção Santa Carolina.
Atualmente, há Maçonarias mistas e também femininas. Porém, a Maçonaria masculina, atualmente, conserva a regulamentação – conforme reza a Constituição de Anderson, de não iniciar mulheres.

A ideologia maçônica


Na sua Filosofia especulativa a Maçonaria professa a autonomia da razão humana. Por conseguinte, o racionalismo e o naturalismo estão na base do sistema.
Os textos oficiais das Lojas aceitam a existência de um Deus (geralmente chamado ´´ O Grande Arquiteto do Universo´´  pois este fato se pode apreender pela razão. Está claro, porém, que não reconhecem revelação sobrenatural; os dogmas, que exigem fé, assim como os milagres, são tidos como produtos da imaginação humana: 'Não ficarás sabendo na Maçonaria senão aquilo que tu mesmo tiveres encontrado’, promete um «Livro do Aprendiz» maçônico, resumindo bem o dogmatismo da seita.
O Deus professado pela Maçonaria é o Deus dos filósofos ditos «deístas» (Voltaire, Diderot, D'Alembert, principalmente): no séc. XVIII uma corrente ideológica espalhou-se pela Inglaterra, a França e a Alemanha, a qual reconhecia a existência de um Ser Supremo, mas afirmava pouco ou nada saber a seu respeito, pois (como diziam os deístas) Deus não se revelara. Uma consequência muito «cômoda» dessa atitude filosófica era que o homem, na sua conduta de vida moral, embora não se professasse ateu, podia agir autonomamente, pois o Ser Supremo praticamente não interferia no curso deste mundo. Ora a Maçonaria adotou tal posição filosófica; praticamente essa ideologia redunda em ateísmo, como comprovou a experiência: em muitas Lojas contemporâneas o título «Grande Arquiteto do Universo» caiu em desuso ou é simples fórmula destituída de significado real. Cada maçom pode interpretá-la a seu bel-prazer, identificando-a, por exemplo, com uma noção um tanto vaga de Verdade, de Bem, de Belo ou com o ideal da Civilização a ser implantada neste mundo segundo os métodos maçônicos. — Assim a Maçonaria cultua, em última análise, a Humanidade apregoada como um grande Todo, um Absoluto, a serviço do qual se deve colocar todo cidadão. Tal culto é a religião universal e superior que se imporá de maneira inelutável na era futura; para essa religião superior é que convergem agora todos os homens (teístas, panteístas, politeístas) que se queiram emancipar de seus hereditários ´´conceitos infantis´´ em demanda de um progresso cuja divisa soa : ´´Nem Deus nem mestre´´.
Está claro que, à luz desta ideologia, as noções de imortalidade da alma, vida futura e sanção póstuma se tornam muito pálidas ou mesmo nulas.

A Moral maçônica


A maçonaria em si prega a filantropia e a beneficência ou tolerância para com todos. Na realidade, porém, a seita não rejeita o recurso ao furto, à conspiração dissimulada e ao assassínio, desde que convenham aos planos maçônicos. A Maçonaria auxilia eficazmente os seus membros, constituindo uma rede de proteção que, defendendo os interesses de uns, pode ser extremamente nociva aos de outros cidadãos (totalmente inculpados). Os historiadores, inclusive os maçons, reconhecem em geral que as grandes campanhas contra as instituições cristãs e o clero têm sido frequentemente fomentadas pela Maçonaria: assim a supressão de Ordens Religiosas, de escolas católicas, a confiscação dos bens da Igreja, os movimentos pró-divórcio, pró-laicização do ensino, dos hospitais, dos quartéis, a campanha em favor da cremação de cadáveres, etc. Na segunda metade do séc., XIX as Lojas travaram uma luta cerrada contra a Igreja, principalmente nos países de civilização latina (França, Bélgica, Itália, Portugal, América Central e Meridional).
Em linguagem filosófica distingue-se entre Teísmo e Deísmo. Aquele admite a ordem sobrenatural e a fé em verdades reveladas por Deus, ao passo que o Deísmo nada reconhece além do que a razão humana pode apreender.
Não obstante o seu racionalismo, a Maçonaria apresenta (quase paradoxalmente!) um aspecto místico assaz acentuado. Segue um ritual solene em que cerimônias simbólicas, sinais e emblemas ocorrem com profusão, inspirados parte pelos ritos das antigas religiões orientais e gregas de mistérios, parte pela Bíblia e o Cristianismo, parte pelos usos das corporações medievais de pedreiros.
A adoção desse ritual na Maçonaria se explica pelo fato de que no séc. XVIII, juntamente com o racionalismo, estavam muito em voga as seitas ocultistas e a Cabala judaica, seitas que durante a Idade Média se formaram amalgamando ideias e usos do esoterismo antigo. Por estranho que isto pareça, o ocultismo, com a sua mística, se combina com o racionalismo, pois também bajula o orgulho humano, prometendo uma sabedoria que eleve o iniciado acima do comum dos mortais, ou suja, a quintessência da sabedoria de todas as épocas e de todos os povos. Ademais o racionalismo estéril, depauperante, e o misticismo aberrante, fantasista, são manifestações congêneres da decadência do espírito e da cultura de uma época.
As cerimônias usuais na Maçonaria servem para inculcar os princípios e as aspirações da seita. Três são os graus de introdução na Loja: o do aprendiz, o do companheiro e o do mestre.
Aprendiz é o cidadão que, libertando-se da servidão e da cegueira do mundo profano, abre os olhos para a «verdadeira luz», a da «Estrela chamejante» (paródia da estrela de Belém). Realiza assim uma espécie de purificação intelectual e moral» dispondo-se a ser «um pensador e um sábio».
A seguir, o candidato passa ´´ entre as duas colunas (Boaz e Jakin), tornando-se companheiro. Estuda então assiduamente as ciências e as artes liberais, preparando a sua divinização ´´ ou consumação na Humanidade pura... É-lhe reconhecida a superioridade sobre todos os profanos, assim como a serenidade característica dos que se aproximam da perfeição (essa serenidade é simbolizada por um cubo entregue ao candidato; note-se que o. cubo é uma figura que está sempre em pé, sempre igual a si mesma).
Por fim, dá-se a elevação ou transfiguração ou divinização do iniciado, que recebe consequentemente a dignidade de Mestre, Este é considerado morto a todos os preconceitos e vícios do mundo profano e regenerado para uma vida nova. Está pronto a tudo sacrificar, mesmo a vida, no combate contra os poderes inimigos (a superstição, o fanatismo, o despotismo). Como insígnia, é-lhe entregue uma prancheta de desenho, a simbolizar a tarefa do maçom perfeito, que é a de construir o edifício da sociedade futura, numa fraternidade universal e cosmopolita, emancipada de dogmas.
A iniciação nesses diversos graus se faz em ambiente de mistério e terror mediante severos juramentos de fidelidade e segredo, sob a ameaça de morte pela espada. Em algumas Lojas se acrescentam aos ritos comuns práticas inspiradas pela alquimia e a magia.

Razões das perseguições e intolerâncias


Podemos considerar que muitas coisas injustas aconteciam numa época onde existia inquisição, e o homem de fato não era livre, nem sequer tinha noção do que era liberdade e quem mandava eram reis, ditadores e grande lideres religiosos e  injustos, que temerosos de perder seus poderes, tornaram-se amantes da espada e da guerra, sendo que até o ano de 1821 queimavam pessoas em fogueiras.
Ainda hoje em 2011 estamos vendo pela Tv os déspotas ditadores não querendo abrir mão de seus governos e mandatos, usando a força dos exércitos contra a população cívil, dizendo que a culpa da mortes de crianças e civís é dos rebeldes que querem tomar o poder; fazem isso para conseguirem comover a população para que aceite que eles tem que permanecer no poder.
A maçonaria cuida para que eles não voltem nunca mais a oprimir a população; e faz isso sem uso de armas, somente pelo apoio a democracia. Volta e meia, de um modo ou de outro eles e seu seguidores tentam ressurgir, mas nós fazemos nossa parte em sigilo.
Lembramos que ainda hoje existem países que por conta recomendações religiosas continuam apedrejar pessoas até a morte por causa de leis para inibir o adultério e mutilam pessoas provocando horrores em nome de guerra santa, etc., lembrando recentemente as que usam o terror como fizeram em onze de setembro nas torres gêmeas. A maçonaria combate a ignorância, pois todas essas atrocidades são cometidas por pessoas que teimam em enxergar o mundo somente segundo sua ótica e interesses pessoais não enxergando de fato outra possibilidade, e insistindo que seu ponto de vista é o correto; isso chama-se intolerância.  
Então, por favor, não estranhe alguns religiosos de religiões e regimes de ditadores serem em parte avessos a maçonaria, pois que ela sempre foi contra mentiras de algumas delas, combateu filosoficamente o clero quando foi injusto e ajudou derrubar ditadores; atuando sempre sem uso de armas, somente com inteligência sem privar a liberdade do próprio homem enxergar seus erros por si mesmo.
Leitor tenha ideia de como a maçonaria foi e é importante para manter a liberdade do ser humano e aproveitando para dizer que os maçons nada tem contra religiões e políticos e sim contra os abusos de qualquer parte e pessoa.
Em nosso meio maçônico já tivemos todo tipo de autoridades maiores, inclusive Papas e principalmente chefes de estado, ainda temos muitos padres, reis e Presidentes que cooperam junto a maçonaria com seus graus maçônicos a bem da verdade.
A maçonaria foi justamente a responsável por permitir que o homem fosse livre de verdade, depende-se de homens ignorantes a mulher e o povo não seria nada, além de um objeto; mas a justiça é que, a maioria dos homens são bons e junto desses, damos as mãos.
Por tanto, nossa origem é dessa Ordem Maçônica, vinda da França respeitada pelas outras, e que se não foi mãe direta de Potências conhecidas, foi responsável em parir o que se conhece como Respeitáveis Grandes Lojas que se juntaram e são Unidas.
Sendo assim, se nossa Grande Loja Mãe francesa não deu origem diretamente a todas maçonarias, inspirou-as com ações e pensamentos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
E com essa virtude nascemos, hoje somos Potência brasileira da maçonaria exclusiva de mulheres.
Sua iniciação será feita depois de cumpridas etapas, incluindo reuniões de instrução que são sindicância para conhecê-la melhor. Após isso, será instalada como membro de Triângulo maçônico onde aguardará momento oportuno de ser iniciada numa de nossas Loja maçônicas femininas; caso não exista Loja na sua cidade será iniciada em outra, mas até isso acontecer será nossa afilhada e deverá frequentar Triângulos maçônicos na sua cidade e onde mais puder ir.

Por dentro do templo maçônico


Um passeio pela Grande Loja da Argentina de Maçons Livres e Aceitos, com explicação para tudo que você veria lá dentro:

• ALTAR
Corresponde ao Santo dos Santos, o lugar mais sagrado do antigo Templo de Jerusalém. A poltrona central é usada apenas pelo venerável-mestre, que conduz os rituais.
• COMPASSO E ESQUADRO
Remetem ao tempo em que os maçons eram pedreiros. Por desenhar círculos perfeitos, o compasso representa a busca da perfeição. Já o ângulo reto do esquadro sugere honestidade. A letra “G” vem de God – “Deus” em inglês.
SOL E CÉU AZUL
São vários os significados atribuídos ao Sol na maçonaria. Rente ao teto do templo, ele pode ser interpretado como conhecimento e esclarecimento mental ou intelectual. O céu azul simboliza a natureza e o Universo.

CIÊNCIA, JUSTIÇA E TRABALHO
Os 3 adultos à esquerda, neste quadro do italiano Enrique Fabris, representam a ciência (ancião com a tocha da razão), a justiça (mãe carregando o filho) e o trabalho (homem vigoroso com ferramentas). A esfinge central refere-se à sociedade iniciática e o longo caminho a ser seguido pelo homem na busca do conhecimento. O Sol simboliza a natureza, presente em seus 4 elementos: água, fogo, ar e terra. Deles, apenas a água não pode ser dominada pelo homem – daí o mar revolto no quadro.

AVENTAL
Símbolo de trabalho, ele protege o maçom e indica seu grau (na foto, Angel Jorge Clavero, grão-mestre da Loja Argentina de Maçons Livres e Aceitos). As luvas, sempre brancas, significam pureza, retidão moral e igualdade.

• ESTRELA DO ORIENTE
Com 5 pontas, ela simboliza o homem em seus 5 aspectos – físico, mental, emocional, intuitivo e espiritual. Ao fundo, observa-se a pirâmide com o olho que tudo vê, uma alusão a Deus.

• PISO XADREZ
Representa povos do mundo unidos pela maçonaria. Os triângulos e quadrados simbolizam a harmonia que pode existir na diversidade. Também sintetizam os contrários: Bem e Mal, corpo e espírito.

 Porque a Maçonaria masculina não inicia mulheres


A Maçonaria não admite, por tradição, as mulheres em suas Lojas como membros ativos. Mas, em muitas Lojas, têm a seu cargo os trabalhos assistenciais da Oficina, e espalham a seu redor o carinho, o amor ao próximo e todas as virtudes peregrinas que formam os dotes da sensibilidade feminina.
A base da Instituição maçônica é a fraternidade. Por isso reúne os homens em suas Lojas, nas quais reinam a moral, a tolerância e a solidariedade.
Porém, a Maçonaria também dedica à família o melhor de suas atenções. E embora a mulher não participe diretamente dos trabalhos maçônicos, não se pode dizer que não lhes presta a sua colaboração, pois, enquanto os maridos se dedicam aos trabalhos da Loja, as esposas se constituem em guardiãs do lar e dos filhos.
Os Maçons tributam, portanto, à mulher não somente o respeito que ela merece como mãe, esposa, irmã e filha, mas também pela admiração a que tem direito por ser o ornamento da humanidade, na qual tem exercido um grande papel civilizador e propulsor do progresso dos povos.
A Maçonaria masculina, mesmo não iniciando mulheres, demonstra um grande respeito à energia feminina. Antes de 1893 a filiação maçônica só era facultada aos adultos do sexo masculino. Naquele ano uma Loja da França procedeu à admissão de uma mulher em seus quadros, episódio que deu origem a Lojas Maçônicas mistas, que se reuniram e formaram a ordem mista internacional “O Direito Humano”.
Posteriormente outras Lojas mistas foram surgindo e hoje existe até mesmo Potência Maçônica feminina, como por exemplo, nos Estados Unidos, a RainBow.
O fato vai aqui anotado como constante de que a mulher passou a ter oportunidade de filiação em Lojas Maçônicas mistas ou exclusivamente femininas, o que desobriga as lojas originalmente masculinas, originárias das corporações medievais, de recebê-las em seus quadros, sem que isso signifique discriminação de sexo, e sim um apego ao Antigo da Maçonaria…
Há, basicamente, dois fundamentos para a Maçonaria não aceitar mulheres como membros:

– a origem Operativa da Ordem;
– por ser, a Maçonaria, um rito solar (masculino).

 Ritos masculinos e ritos femininos:


O grupo de primatas, do qual descendemos, provém de um tronco insetívoro. Esse grupo subdividiu-se: alguns se tornaram herbívoros e, outros, carnívoros.
Esses carnívoros tiveram que se lançar na competição com outros animais terrestres e, tornaram-se melhores caçadores. Começaram a utilizar instrumentos e aperfeiçoaram as técnicas de caça, com a cooperação social. Diferentemente dos lobos, os hominídeos não se dispersavam após o ataque – e, o grupo caçador era formado por machos.
As fêmeas estavam muito ocupadas em cuidar da prole, e não podiam participar ativamente na perseguição e captura das presas. Assim, o papel de cada sexo tornou-se diferenciado.
Socialmente, os machos aumentaram a necessidade de comunicação e cooperação com os companheiros, e desenvolveram expressões faciais e vocais – em seus grupos caçadores, exclusivamente formados por machos.
Com o advento da agricultura e da domesticação de vários animais, como cabras e ovelhas, os machos tiveram suas funções caçadoras, diminuídas.
Essa falta, muito provavelmente, foi compensada pelo trabalho e por associações masculinas – proporcionando oportunidade para a interação entre machos e para atividades em grupo. Nessas associações, há um forte sentimento emocional de união masculina.
O mesmo não ocorre com as mulheres. Esses grupos, associações, se preocupam com a união entre machos, que já existia nos primitivos grupos de caçadores cooperativos – essas entidades exercem um importante papel na vida de machos adultos, revelando a manutenção de instintos básicos ancestrais.
Muitas mulheres ressentem-se quando seus maridos saem para compartilhar sua masculinidade essencial – ou desejam fazer parte dessas associações, o que é um equívoco, porque trata-se apenas da necessidade moderna da tendência ancestral da espécie para formar grupos de machos caçadores.
É interessante observar, que grande parte desses encontros masculinos, termina com um jantar, um lanche, um banquete, cervejinha, etc. – o sucedâneo da partilha da comida (caça).
Assim, mulheres e homens, geneticamente, possuem necessidades diferentes. E, criaram-se mistérios masculinos e femininos.
Para a mulher a maternidade, a comunhão com a flora, etc. Para o homem, a caça, a guerra, a comunhão com a fauna. A mulher, a Lua; o homem, o Sol.
Porém, para recriar os ciclos da Natureza, o princípio feminino e o masculino juntam-se: diferentes, porém complementares.
A Maçonaria reverencia o feminino – seus Templos apresentam o Sol e a Lua como símbolos: o positivo e o negativo.
O Sol e a Lua são símbolos herméticos e alquímicos (ouro e prata). O Sol é a vida, o masculino – A Lua, sua complementaridade, o feminino.
A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons, trabalham à noite, em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois polos.
O Sol deve estar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a Lua, que representa a Mãe Universal que fertiliza todas as coisas.
A mulher é a formadora, a que reúne, rega e ceifa – a Natureza do princípio passivo é reunir e fecundar. As forças da Lua são magnéticas, opostas e complementares às do Sol, que são elétricas.
A Ordem, por ter uma origem muito, muito antiga, respeita a diversidade entre as energias masculinas e femininas. Os maçons usam três pontos dispostos em triângulo (. ’.), como símbolo – símbolo solar, símbolo masculino.
Os Três Pontos têm uma origem bem antiga – nos objetos celtas do século IX a. C e, muito antes, nas cerâmicas egípcias e gregas. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu.
Os Três Pontos traduzem a concepção piramidal egípcia. Símbolo sexual masculino completo (pênis mais testículos). O sexo em função procriativa. Procriação, que necessita do masculino e feminino.
Giz G. Huard que no seu famoso discurso, datado de 21 de março de 1737, Ramsay justificou a exclusão das mulheres da Maçonaria, alegando que a sua presença poderia alterar a pureza dos costumes.
Sabemos, no entanto, que os motivos são muito diferentes e remontam aos alvores das sociedades humanas.
No que se refere propriamente à instituição maçônica, convém ter na devida conta que, ao ser fundada a Maçonaria Moderna, as suas reuniões se realizavam em tavernas, as quais, por mais seletas que fossem não eram locais muito apropriados para as senhoras.
Além da tradição da arte dos pedreiros que excluía as mulheres da profissão, os clubes, então em grande voga, só admitiam homens que se reuniam entre si para tratar dos seus negócios. Os ingleses sempre gostaram dos clubs only for man (clubes somente para homens) e a maçonaria nasceu na Inglaterra.
Esta regra, contudo, não foi expressa em palavras precisas em nenhum dos “Antigos Deveres” (Old Charges), embora todos os regulamentos se refiram apenas a homens e muitos deles, de forma alguma, poderiam ser aplicados a mulheres.
Os regulamentos corporativos proibiam o emprego das mulheres na indústria, com exceção da viúva do mestre da oficina, e mesmo de sua filha.
A exclusão da mulher, na Maçonaria operativa, prendia-se, muitas vezes, ao fato de a mulher operária daquela época, ganhando salário inferior ao homem, tornar-se uma concorrente tão poderosa quanto nefasta, ou pelo menos assim julgava uma sociedade que vivia atrofiada pela falta de mercados e de empregos.
Mas se a corporação deixava a mulher viúva ou filha órfã, do mestre, continuar o negócio-privilégio do marido para poder manter-se e aos filhos, não lhe permitia, contudo, aceitar aprendizes, por lhe faltarem conhecimentos profissionais para instruí-los devidamente.
Sabe-se, porém, por meio das relações do imposto de capitação, da existência de mulheres gesseiras, almofarizeiras, e mais raramente pedreiras. Não obstante, Bernard E. Jones fala de várias viúvas que faziam parte da Companhia de Maçons de Londres.
Somente em 1723, nas Constituições maçônicas é que, pela primeira vez, a palavra “mulher” foi introduzida na lei. Diz-se, e de maneira explicita, que “as pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e verdadeiros… e não escravos, nem mulheres etc.”
Eliane Brault em La F.M. et l’Émancip. des Femmes (A Franco-maçonaria e a emancipação da mulher) expõe os motivos dessa medida. Dizendo:
“Decretando desde a sua fundação que não aceitaria senão homens livres e de bons costumes, a Maçonaria afastava os mercenários (o termo proletário não existia ainda naquela época) como privados de liberdade, os assalariados dependendo de um patrão, os judeus que não tinham ainda conquistado os direitos de cidadãos, os comediantes e os artistas, que não eram considerados como de bons costumes, já que o acesso à igreja lhes era proibido; a fortiori era obrigada a afastar as mulheres, visto que as leis e os costumes as mantinham em estado de menoridade e de subordinação”.

Estados maçons da América


Assim como muitos europeus, foi emigrando para a América que a maçonaria atingir o seu potencial. Na verdade, o grande "segredo" revelado no best seller de Dan Brown é consenso entre historiadores: em nenhum país a maçonaria foi tão importante quanto nos EUA. 
Para começo de conversa, os maiores acontecimentos que marcaram a independência do país foram decididos em lojas maçônicas. Em 1773, não foi de improviso que comerciantes jogaram caixas e caixas de chá no mar, em protesto contra impostos extorsivos dos ingleses. A "festa do chá" de Boston foi um evento organizado por irmãos. 
Nove dos 55 homens que assinaram a Declaração de Independência vinham da maçonaria, assim como um terço dos 39 que aprovaram a Constituição. Benjamin Franklin era maçom convicto, e George Washington, grão-mestre da Loja Alexandria, teria aparecido de avental cerimonial no lançamento da pedra fundamental da nova cidade. 
Por falar em capital, a cidade de Washington é cheia de referências à maçonaria. Algumas são forçadas: encontram-se compassos e estrelas no traçado das ruas de qualquer cidade - como é esclarecido já no 6º dos 133 capítulos de O Símbolo Perdido. Outras são explícitas: o tema "George Washington foi maçom" inspirou pinturas e esculturas, marcando presença nas portas do Senado e no teto do Capitólio. Além disso, como Robert Langdon confere ao longo de 12 horas movimentadas, a cidade tem pelo menos 17 edifícios com arquitetura típica da ordem - uma mistura de estilo grego e romano, sempre acompanhada de esquadros, compassos e letras G (de God, "Deus" em inglês). Entre eles, a agora célebre Casa do Templo (no original, House of the Temple), sede americana do Rito Escocês Maçônico, cenário do prólogo e do clímax do livro. 
Após o sucesso da independência americana, em 1776, a maçonaria passou a ditar o passo das mudanças do planeta. Ser maçom no final do século 18 e no começo do 19 era muito cool: um clube que reunia as mentes mais inquietas e influentes. 
Trazendo liberdade, igualdade e fraternidade no DNA, claro que a maçonaria estava na Revolução Francesa, em 1789. Os principais líderes, Danton e Robespierre, não eram da ordem, mas a Marselhesa foi composta na loja de Marselha. Em 1810, a maçonaria inspirou a criação da Carbonária, sociedade secreta que buscaria a independência da Itália. Três futuros libertadores da América, o chileno Bernardo O’Higgins, o venezuelano Simón Bolívar e o argentino José de San Martín, frequentavam a mesma loja em Londres, uma convivência que mudou um continente. "A maçonaria participou da independência de todos os países da América do Sul", diz Andrew Prescott, diretor de estudos da maçonaria da Universidade de Sheffield, na Inglaterra. 
O que inclui o Império Brasileiro, do início ao fim. Em 1822, nossa independência de Portugal foi proclamada por um grão-mestre, dom Pedro 1º. E a Proclamação da República, em 1899, foi feita por outro, o marechal Deodoro da Fonseca. E os maçons continuaram atuantes durante a nossa República Velha, chegando inclusive à Presidência, com Nilo Peçanha e, na sequência, Hermes da Fonseca.
Mundialmente, a ordem viveu uma crise a partir da década de 1930, quando seus membros mais à direita (fascistas) e à esquerda (comunistas) não vestiam mais o mesmo avental. Aliás, os maçons também estão entre as vítimas do Holocausto - entre 80 mil e 200 mil irmãos morreram em campos nazistas. 
Nos anos 50, a ordem chegou a ter uma filiação recorde nos EUA - até Fred e Barney, dos Flintstones, frequentavam uma paródia da maçonaria, o Clube dos Búfalos D’Água. Mas, a geração seguinte, dos babyboomers, não se interessou - as revoluções passaram longe das lojas. "Mas, mesmo onde não voltou a ter a influência de antes, a maçonaria nunca ficou irrelevante", diz o historiador alemão Jan Snoek, que pesquisa o tema na Universidade de Heidelberg. 

Maçom 24 horas


Tudo indica que uma ditadura mundial não está nos planos, mas não se engane: todo maçom tem uma agenda. Se não secreta, certamente lotada. Mas, para a maioria dos membros, compensatória. 
As regras começam já na candidatura - geralmente posterior a um convite de um maçom. Não basta ter fé em um deus e cromossomo XY: é preciso ser maior de idade, ter endereço fixo e renda própria e declarar seus motivos para fazer parte da ordem (dica: "Li sobre vocês na SUPER e quis ver qual era" não vai levar longe). Se for casado, a patroa precisa estar de acordo. Se for homossexual, de acordo com as regras, não entra. 
Os maçons também pesquisam os amigos, o emprego e a vida financeira e policial do irmão em potencial. Depois de investigado por 6 meses a 1 ano, o nome é avaliado por toda a loja - e precisa ser aprovado por unanimidade. Aí basta participar da iniciação e prometer não revelar o que escutar - o tal pacto de silêncio da irmandade. 
O iniciante é reavaliado com frequência, e tem a obrigação de participar de uma reunião semanal, que ocupa uma noite inteira em dia útil. Para faltar, só por causa de trabalho ou de estudo, vai ser necessário pedir autorização.
Além disso, as lojas maçônicas da mesma cidade se visitam, e é aconselhável participar de alguns desses momentos de intercâmbio. Isso para não falar de viagens mais longas, no caso de visitas a maçons de outros estados. E, a cada 3 anos, é preciso se envolver na votação para grão-mestre, coordenada por um Tribunal Eleitoral Maçônico. 
Tem mais: cada loja cobra uma mensalidade que, em São Paulo, gira em torno R$ 150. Motivo: toda loja tem um fundo de amparo que cobre despesas inesperadas de irmãos. O fundo também funciona como uma previdência paralela: viúvas de maçons recebem pensão mensal. 
Nos fins de semana, os maçons ainda fazem trabalho voluntário nas instituições mantidas pela ordem - na maioria dos casos, creches e hospitais. Esse é o momento em que levar a esposa e os filhos não só é possível como recomendável. "Chamamos as esposas dos irmãos maçons de cunhadas e os filhos de sobrinhos", diz o aposentado baiano Paulo Borges, maçom em Salvador há 15 anos. É comum que um irmão em dificuldade seja socorrido a qualquer hora por outros maçons. Ótimo quando é você quem precisa, mas significa que o celular precisa estar ligado o tempo todo. 

Clube de vantagens


Os irmãos garantem que dá um gás na autoestima: sentem-se parte de um clube exclusivíssimo, que seleciona seus membros com rigor. "A sensação de ser aceito depois de meses de investigação é muito boa. E a cerimônia de iniciação é um dos momentos mais gratificantes e emocionantes da vida de um maçom", afirma o empresário Adriano Aparecido Moraes, maçom há 19 anos, de Sorocaba. A loja aparentemente até transforma o comportamento: "Eu era muito temperamental, agressivo. Com a maçonaria, mudei", diz o baiano Paulo Borges. 
Bonito, bonito. Mas, além das recompensas psicológicas, há critérios mais palpáveis. "Não fosse a maçonaria, a gente não teria acesso a diretor da Polícia Federal, a funcionário público do alto escalão, a empresários que são possíveis clientes", diz Adriano. "Não é privilégio, porque o maçom deve corresponder às expectativas profissionais. Mas ajuda bastante, cria oportunidades." 
Um maçom do Rio de Janeiro, que prefere se manter anônimo, afirma: "Se o maçom é vendedor e o comprador da empresa é irmão, ele vai ser atendido mais rápido. Conheço filhos de maçons que, graças aos contatos do pai, conseguiram estágios em empresas com irmãos na diretoria". E conclui: "Claro, o talento é o que consolida profissionalmente, mas a maçonaria abre portas em todos os lugares". 
Em uma grande metrópole, onde as relações de poder são mais diluídas, as amizades da loja talvez não façam tanta diferença. Mas imagine o impacto desses contatos em uma cidade pequena, em que o delegado, o prefeito, o dono do jornal e o do supermercado são maçons. Na verdade, não precisa nem imaginar: em São Vicente, praia no litoral paulista ao lado de Santos, o ex-prefeito Márcio França disponibilizou um assessor maçom para atender as demandas da ordem. França hoje é deputado federal e líder do "bloquinho" (formado por PSB, PDT, PCdoB, PMN e PRB). 
A influência também se dá em outras esferas do Estado. Funcionários e pessoas ligadas à Petrobras se reúnem por todo o país em lojas maçônicas chamadas Monteiro Lobato - que não era maçom, mas disse que "o petróleo é nosso". Dizem que há dinheiro da empresa nisso, mas a Petrobras não confirma o envolvimento com os "irmãos monterianos", que fazem debates e ações junto a políticos em defesa do patrimônio nacional. 
Independentemente da ambição dentro da estrutura da maçonaria, é preciso manter a linha. Barracos, bebedeiras, adultério e prisões são inaceitáveis. "Temos o objetivo de fazer homens bons ser ainda melhores e levamos essa meta muito a sério", diz o maçom paulistano Fábio Amauchi, engenheiro de 37 anos. É esse conceito de "homens bons" que explica a recusa de gays, por exemplo. "Não se pode dizer que esse seja um bom costume", diz Fábio. 

  Secretos mais não discretos


"Os maçons já foram secretos. Ao longo do século 20, passaram a se definir como discretos. Hoje, caminham para se tornar uma sociedade civil aberta", diz o ex-maçom britânico Martin Short, autor de Inside the Brotherhood, que critica a ordem. 
No entanto, a abertura da sociedade secreta mais conhecida do mundo incomoda alguns irmãos, que vêem a proliferação de sites, jornais e revistas como um afastamento das origens. De fato, hoje já é possível se candidatar a maçom por e-mail (apesar de que um convite pessoal é, de longe, a forma mais garantida de entrar). Em seu site, a Grande Loja Maçônica do Espírito Santo mantém uma Rádio Cultura Maçônica. E a página do Grande Oriente do Brasil, seção Rio de Janeiro, oferece um tour virtual pelo Palácio Maçônico do Lavradio. 
"Não existem mais segredos na maçonaria. Eles vêm sendo revelados lentamente", diz o historiador britânico W. Kirk MacNulty, maçom há 4 décadas. "Se existe algum segredo, ele é individual, intransferível - é a experiência dos rituais maçônicos. Como explicar o gosto de uma laranja para quem nunca a comeu?", diz o pesquisador alemão Snoek.Por outro lado, se faltam mistérios, sobram boatos. 
Que tal uma bancada macônica? Um grão-mestre garante que, nas últimas eleições para prefeitos e vereadores, a maçonaria no estado de São Paulo fez campanha interna para que maçons votassem e apoiassem candidatos maçons. Segundo ele, deu certo: a maçonaria teria emplacado 13 prefeitos e 54 vereadores - ele só não diz quem e onde. Pretendem fazer o mesmo com deputados em 2010. 
E esta é internacional: em Israel, a Grande Loja de Tel-Aviv é um espaço de encontro de cristãos, judeus e muçulmanos. Apesar de a maçonaria ser contra discussões políticas nos templos, todos ali estão dispostos a encontrar soluções para os problemas milenares da região. "Só em um local fechado e completamente sigiloso esse tipo de reunião improvável pode acontecer regularmente", afirma o historiador alemão Jan Snoek, que pesquisa o tema na Universidade de Heidelberg. Ou seja: se qualquer plano de paz surgir daqui para a frente para resolver a questão entre israelenses e palestinos, é possível que haja o dedo da maçonaria. 
E o que os maçons acham de toda a curiosidade em torno da ordem? Em conversas privadas, reclamam muito dos livros, filmes e sites que prometem revelar seus segredos - de reportagens como esta também. Argumentam que o tratamento é injusto e exagera aspectos menos importantes. Nesse caso, a postura oficial é não se manifestar publicamente. 
Mas há uma corrente do "falem mal, mas falem de mim", da qual faz parte Christopher Hodapp, um americano ex-mestre maçom e autor de livros sobre maçonaria, grato ao que Dan Brown e outros fizeram pela ordem. "Tínhamos dificuldades para atrair novos membros. Assim, o interesse é renovado", diz. "De certa forma, a divulgação até ajuda, porque cria um fascínio que atrai muita gente para a ordem", diz Adriano Moraes. "Enquanto o mundo externo se preocupa excessivamente com detalhes pouco importantes, os verdadeiros mistérios estão bem guardados."

Códigos secretos


A história de perseguição explica por que os maçons desenvolveram códigos para se reconhecer no meio de outras pessoas. No aperto de mão, por exemplo, um tocaria com o indicador no pulso do outro. Ao se abraçar, eles colocariam um braço por cima, outro por baixo, em X, e bateriam 3 vezes nas costas. Mais uma forma de comunicação em lugares públicos seria ficar em posição ereta e com wos pés em forma de esquadro.
Em seus textos, os maçons abreviam as palavras usando 3 pontos em forma de delta. Exemplos: “Ir” é irmão, “Loj” é loja. Hoje, boa parte desses segredos já virou de domínio público. Tanto que o termo usado pelos maçons para se referir a Deus – Jahbulon, resultado da união dos nomes Javé, Baal e Osíris – aparece em quase 30 mil páginas na internet.
Para ingressar na maçonaria, é necessário ter ficha limpa, ser maior de idade e acreditar em um deus, seja ele qual for. O candidato precisa ser convidado por um maçom e só se torna aprendiz após ser aceito numa cerimônia de iniciação no templo, onde se compromete a não revelar o que escutar ali dentro.
“Nossa meta é formar homens melhores, ensiná-los a se libertar dos dogmas e a pensar por si mesmos”, diz o grão-mestre argentino Jorge Clavero. “A maçonaria não é como um partido político, que fixa posições. Ela atua na sociedade por meio de seus homens, silenciosamente. O iniciado faz sua obra entre a família, os amigos e em seu local de trabalho.”

Degraus do conhecimento


No Brasil, o rito mais praticado é o escocês, mas o de York prevalece no resto do mundo:
·         RITO ESCOCÊS:
1º grau - Aprendiz iniciado
2º grau - Companheiro de ofício
3º grau - Mestre maçom
4º grau - Mestre secreto
5º grau - Mestre perfeito
6º grau - Secretário íntimo
7º grau - Preboste e juiz
8º grau - Intendente dos edifícios
9º grau - Mestre eleito dos 9
10º grau - Mestre eleito dos 15
11º grau - Cavaleiro eleito dos 12
12º grau - Grão-mestre arquiteto
13º grau - Mestre do 9º arco
14º grau - Grão-eleito perfeito e sublime
15º grau - Cavaleiro do Oriente
16º grau - Príncipe de Jerusalém
17º grau - Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
18º grau - Cavaleiro Rosacruz
19º grau - Grão-pontífice
20º grau - Mestre ad Vitam
21º grau - Patriarca noaquita
22º grau - Príncipe do Líbano
23º grau - Chefe do tabernáculo
24º grau - Príncipe do tabernáculo
25º grau - Cavaleiro da serpente de bronze
26º grau - Príncipe da mercê
27º grau - Comendador do templo
28º grau - Cavaleiro do Sol
29º grau - Cavaleiro de Santo André
30º grau - Cavaleiro kadosh
31º grau - Grão-inspetor inquisidor comendador
32º grau - Sublime príncipe do real segredo
33º grau - Soberano grão-inspetor geral

·         RITO DE YORK:
Mestre de marca
Past master (virtual)
Mui excelente mestre
Maçom do real arco
Mestre real
Mestre eleito
Mestre superexcelente
Ordem da Cruz Vermelha
Ordem dos Cavaleiros de Malta
Ordem dos Cavaleiros Templários

  A escalada na hierarquia


A estrutura da maçonaria tem a forma de duas escadas que começam e terminam juntas. O 1º passo do candidato é se tornar aprendiz. O 2º nível é o de companheiro de ofício e o 3º, de mestre maçom. Os 3 degraus iniciais são comuns ao rito escocês e ao de York. Depois disso, quem quiser subir na hierarquia deve escolher entre os dois sistemas ritualísticos. No escocês são 33 graus, enquanto o de York tem apenas 10. A história dos ritos também é diferente: para muitos estudiosos da maçonaria, o ritual escocês foi fundado na França por imigrantes que fugiam de perseguições. Já o de York surgiu na cidade inglesa de mesmo nome, onde teria sido aberta a primeira loja maçônica da Grã-Bretanha. No Brasil, o rito mais praticado é o escocês, mas estima-se que 85% dos maçons em todo o mundo pratiquem o de York.Alguns personagens importantes da tradição maçônica aparecem sobre os degraus desta ilustração, publicada pela primeira na revista americana Life, em 1956. Entre eles, o rei Salomão (indicando o caminho na base do rito escocês), que construiu o 1º Templo de Jerusalém, e George Washington (no 20º grau do mesmo rito, mestre ad Vitam), primeiro presidente dos EUA. Sob o arco estão as organizações irmãs da maçonaria. Mestres maçons são aceitos na Grotto e na Altos Cedros do Líbano. Meninas que têm um maçom na família podem ingressar na Filhas de Jó ou na Ordem das Garotas do Arco-Íris; mulheres, na Estrela do Oriente; e rapazes, na DeMolay. Apenas maçons de grau 32 e Cavaleiros Templários podem entrar para o Shrine. E a mulher de um Shrine pode ser uma Filha do Nilo.

18.               Grandes nomes da Maçonaria


GEORGE WASHINGTON - 1732-1799
Foi o primeiro e único a exercer ao mesmo tempo os cargos de mestre de uma loja e presidente dos EUA. Um terço dos presidentes americanos foram da maçonaria.


AMADEUS MOZART - 1756-1791
Um dos maiores compositores de todos os tempos, ingressou na maçonaria a convite de Joseph Haydn, outro gênio da música, membro de uma loja em Viena.

DOM PEDRO 1º - 1798-1834
Chegou ao posto de grão-mestre no Brasil. Deixou a maçonaria assim que foi declarado imperador e proibiu os trabalhos da organização no país, temendo que seu poder fosse contestado.

WINSTON CHURCHILL - 1874-1965
Primeiro-ministro britânico durante a 2ª Guerra Mundial, foi iniciado em 1901, aos 26 anos de idade, na loja maçônica Studholme, em Londres, quando já era parlamentar.

HUGO CHÁVEZ - 1954
Iniciado por um guarda-costas, segue os passos de outros maçons históricos que ele adora citar em discursos, entre eles: Simon Bolívar, José Martí e San Martín.

NEIL ARMSTRONG - 1930
O primeiro homem a pisar na Lua era maçom. Ele teria vestido seu avental sobre o traje lunar durante a missão da Apolo 11, mas não há provas de que isso realmente tenha acontecido.

Simbologia maçônica


O compasso e o esquadro reunidos tem sido mais antiga bem como a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente reconhecido, até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria). É o sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja) uma vez que esotericamente representa a "Justa Medida".
A Justa Medida quer dizer em última análise a Retidão. Faz lembrar aos maçons em geral e a cada instante que todo as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.

O COMPASSO:
O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito . A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como Símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como Símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.

O ESQUADRO: 
O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho nos permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como Símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas Joias Móveis de uma Loja, constituindo-se na Joia do Venerável, pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e equitativo dos Maçons. O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre o Compasso. Predominância da Matéria sobre o espírito.

A LETRA "G':
 É o símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD, em inglês, etc.

A TROLHA Ou colher de pedreiro.
Trata-se de uma espécie de pá achatada com a qual os Pedreiros assentam e alisam a argamassa. Sendo um instrumento neutro, deve ser visto como um Símbolo da tolerância, com que o Maçom deve aceitar as possíveis falhas e defeitos dos demais Irmãos. Pode ser vista, também, como um Símbolo do amor fraternal que será, então, o único cimento que uniria toda a Maçonaria. Desta forma, passar a Trolha, significa perdoar, desculpar, esquecer as diferenças. Entendida desta forma, pode ser vista como Símbolo da Paz que deve reinar entre os Irmãos.       
                                                                                                                            
O Avental
É o símbolo do trabalho. É a parte principal do vestuário maçônico, constituindo-se um dos símbolos mais importantes da Maçonaria. Tem a forma de um retângulo, encimado por um triângulo; nos dois primeiros graus são simples, sem enfeites ou adornos, e de tecido branco. Os aventais dos demais graus, tem cor e desenhos variados, conforme os graus que representa e conforme o rito adotado. O fundo, porém é sempre branco.



A Pedra Bruta
Simboliza a inteligência do aprendiz maçom, ainda rude, porque com os vestígios do Mundo Profano, está apenas iniciando sua aprendizagem nos Mistérios da Maçonaria. As arestas desta Pedra Bruta cabe ao aprendiz desbastar disciplinando, educando instruindo sua personalidade, objetivando vencer suas paixões e subordinar sua vontade à prática do bem. Assim a tarefa principal do Aprendiz consiste em trabalhar e estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu grau e a sua interpretação filosófica.

O MALHO E O CINZEL
Estas duas ferramentas servem para desbastar a pedra bruta. 
A primeira representa nossas resoluções espirituais: é o cinzel de aço, que se aplica sobre a pedra com a mão esquerda lado passivo, e corresponde à receptividade, ao discernimento especulativo
A segunda é a vontade executiva, o malho, insígnia do mando, vibrado com a mão direita, lado ativo, relacionada coma energia atuante e a determinação moral donde dinama a realização prática.

A PEDRA CÚBICA
Havendo o Aprendiz trabalhado na Pedra Bruta como Malho e o Cinzel, transformando-a num cubo imperfeito, caber ao Companheiro (Grau 2), polir este cubo com o auxílio do esquadro, do Nível e do Prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica. Desbastadas as rudes arestas da personalidade, ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas ações através do conhecimento adquirido realizando contornos e nuances delicadas em seus psiquismos, fazendo então, do seu "eu", um cubo perfeito, a pedra polida que assim estará apta a ser utilizada na construção do edifico do Templo, isto é, a humanidade Perfeita.

O MALHETE
É o instrumento de trabalho do Venerável Mestre e dos Vigilantes (na hierarquia os dois cargos logo abaixo do Venerável Mestre e que juntamente com ele dirige os trabalhos da loja) 
Nada mais é que uma espécie de malho, e como tal é símbolo da vontade, da força, do trabalho e da determinação. Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e lógica que devem conduzir a vontade. Utilizando ao caso, com força apenas, ele passará a ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maçonaria.


O DELTA LUMINOSO
Também chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê. Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçom tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida.
Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade.
Ele é como uma lembrança para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões de fé.
Espiritualistas por princípio, sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar , é uma eternidade que se lhes espera.
                                                                                                                                           MAPA DA MINA 
O centro histórico tem 33 quadras, número mágico dos maçons.

DANDO BANDEIRA
A bandeira de Paraty tem 3 estrelinhas "colocadas em forma triangular, lembrando a grande influência que a maçonaria exerceu na história do município", diz a lei municipal de 1967.

GRANDES ARQUITETOS 
Casas de maçons notórios receberam colunas na entrada e decoração geométrica alusiva aos símbolos maçônicos e seus graus da hierarquia. 
                                                                                                                                                                                                                                                   
AOS TRIOS 
Muitos cruzamentos possuem pilares de pedra em só 3 das 4 esquinas, o que remete ao triângulo maçônico.       
                                            
SÍMBOLO DA CAPA DO LIVRO 
Águia de duas cabeças 
Símbolo antigo, usado por uma loja maçom pela primeira vez em 1758.

Número 33 
É o grau mais alta que se pode chegar no Rito Escocês. 

  Prática da conspiração


A lista de maçons poderosos ainda é grande. Entre os 6 milhões de membros no mundo estão o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o príncipe Philip, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, e até Al Gore, vice-presidente de Bill Clinton - um quase maçom, como você vê na página ao lado. O fato de haver nos EUA muitos políticos e juízes membros da maçonaria é explorado em O Símbolo Perdido: o vilão do livro ameaça colocar na internet um vídeo que flagra a elite de Washington em rituais maçônicos - se não abalasse os pilares da democracia, com certeza repercutiria no ´´ YouTube.´´ 
É inegável que a maçonaria ainda possui membros influentes - o que não significa que ela ainda exerça influência. Um exemplo prático vem do Reino Unido, onde, a partir de 1997 todos os maçons trabalhando no sistema judiciário foram obrigados a declarar que eram membros da ordem. O argumento era de que a lealdade dos irmãos à irmandade poderia distorcer seu trabalho, e o público tinha direito de saber quem era maçom, para poder acompanhar sua conduta a partir desse fato. Em 12 anos, "nenhuma impropriedade ou má prática foi verificada por parte dos juízes pelo fato de eles serem maçons", declarou o secretário de Justiça inglês, Jack Straw, ele mesmo um apoiador da lei, que derrubou em 5 de novembro deste ano. 
E quanto à Nova Ordem Mundial? Para quem não está por dentro dessa teoria da conspiração, seria um governo único, que comandaria todo planeta e que estaria sendo planejado por maçons - ou pelos illuminati, ou pelos cavaleiros templários, pelo 4º Reich, enfim. Não há informações sobre os últimos 3 grupos, até porque não consta que eles existam. Isso é impedido pela própria forma como a maçonaria é organizada: as lojas maçônicas são independentes, abrigam irmãos com pontos de vista muito diferentes e não têm de onde tirar uma ação global coordenada. Ainda mais secreta. 
Na verdade, a grande mudança que espera quem entra na maçonaria não é no mundo, mas na própria vida.

  Segredos da Maçonaria


A Maçonaria é um dos grupos mais secretos e controversos do mundo. Os maçons existem há séculos desde que se teve notícia de sua existência, e provavelmente eles já existiam secretamente por mais tempo ainda. Seja qual for a sua história, a especulação sempre foi um passatempo agradável para descobrir os segredos mais escandalosos dos maçons.
Depois várias tradições e segredos passados por gerações, fica difícil saber o que está desatualizado e que ainda é praticado. Considere estas dez atividades maçônicas como fatos provisórias e que não sabemos ao certo, mas é sempre um exercício interessante imaginar o que poderia estar acontecendo nas nossas costas.

Eles não testemunham a verdade uns contra os outros
Os maçons são orientados a não testemunharem a verdade quando outro membro está em julgamento, inclusive admitem que podem praticar o falso testemunho em juízo, mas para eles é um pecado muito maior não proteger um dos membros da Maçonaria.

Eles têm um aperto de mão secreto
Embora alguns membros negam ao público, os maçons têm pelo menos um aperto de mão secreto. Supostamente, há até mesmo frases maçônicas quem podem ser pronunciadas quando se enfrenta grave perigo, fazendo com que os outros membros corram para o seu auxílio. Muitos acham que o fundador do mormonismo, Joseph Smith era maçom também pois ele dissera uma frase típica nos últimos momentos antes de sua morte.: Oh, Senhor, meu Deus! Não há nenhuma ajuda ao filho da pobre viúva?

A Maçonaria faz sacrifícios ou tem parte com o diabo?
Não, estas mentiras foram inventadas na Idade Média por setores tiranos da Igreja na época da Inquisição, com o intuito de colocar o povo oprimido contra a Maçonaria, a única organização que o protegia das perseguições do clero.
Desde sua origem, proclama a existência de um Princípio Criador, DEUS, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo.
É espiritualista; acredita na imortalidade da Alma e condena a discussão sectária de natureza política ou religiosa. Procurando unir a espécie humana pelos laços do amor fraternal, a Maçonaria cumpre a lei básica de qualquer credo religioso válido:
" Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo" - MATEUS 22:39 e LEVÍTICO 19:18

Eles têm várias senhas secretas
Este é um dos mais conhecidos fatos sobre os maçons, mas a percepção geral é que eles tenham apenas uma senha. Na verdade, existem várias senhas para diversas ocasiões e razões. Conta a história que a única pessoa que tinha a última sílaba da senha secreta real foi assassinada antes de revelar qual era, então eles a substituíram pela palavra “mor-bon-zi”, mas apenas poucas pessoas conhecem e usam esta senha, ela geralmente é utilizada para cerimônias. Outra senha é conhecida como “tu-bal-Caim” é a mais comum e presente na ponta da língua de cada maçom.

Seus rituais envolvem um laço de forca
Nos rituais de iniciação, embora descritos por maçons como belas cerimônias, incluem a presença de um laço de forca. É difícil dizer se ela é utilizada apenas como uma ameaça, uma chamada para manter o silêncio, ou simplesmente como o símbolo de um cordão umbilical (como eles dizem), mas em qualquer caso é incomum o suficiente para justificar sua utilização nos rituais.

Eles são obcecados pelo Sol
Os maçons acreditam que o leste simboliza o renascimento. Eles cantam para o Sol, maravilhados com a sua passagem através do céu. As lojas maçônicas tendem a ser construídas no leste e no oeste, como uma tentativa de controlar a energia solar para seus próprios propósitos.

Maçons não aceitam os ateus
É impossível tornar-se um maçom se você for um ateu. O primeiro requisito é que os membros em potencial acreditem em um poder superior de alguma forma. Você pode até mentir sobre isso, mas a religião parece ser um ponto de honra entre eles. Por outro lado, os grupos tradicionalmente excluídos na sociedade, como homossexuais, estão incluídos na alvenaria desde que se comportem da mesma maneira moral como outros grupos. O templo ainda exclui as mulheres, mas alguns grupos estão desafiando essa regra.

Seu símbolo está na nota de dólar
Se você já olhou atentamente para o dólar dos EUA, você provavelmente já viu o Olho Que Tudo Vê acima da pirâmide. Este símbolo é um símbolo maçônico, e a frase abaixo no Latim é um lema maçom, que significa “nova ordem mundial”. Muitos dizem que a decisão de incluir este símbolo maçônico não foi influenciado pelos maçons, mesmo Benjamin Franklin sendo o único maçom no comitê de projetos, mas a coincidência continua fascinando a muitos até hoje.



Referências





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